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Lua para começar o dia

Era dia... Mas tanto fazia.
Não saia de lá. Entre a janela da “caixa” e a janela da casa.
Num sorriso indeciso, resolveu:
Borboleta nos pés, flores na cintura e
saiu.
Cor nos lábios, sorriso nos olhos!
Fechou a janela do computador e a janela da casa,
abriu a porta e
saiu.

Obrigada pelo conto do nosso dia. A rua e as pessoas precisam da Lua para começar o dia.


Com carinho, Ariane. 28.10.2013 
(Dedicatória no livro do Sakamoto "Pequenos contos para começar o dia" para Luana).
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Citações agora, screenshots "para uma próxima vez".

Sim, eu sei! Bem brega, banalizado, clichê, reles... Mas, não posso negar que desde os meus 17 anos apertava o "pause" e anotava (e até fotografava a tela da televisão, deixemos isso para uma próxima vez).




  • "Desprezo é quando a importância da pessoa escapole do pensamento da gente por conta própria, Antônio. Eu 'tou' tangendo tua presença da minha cabeça, mas é só para facilitar o cabimento de muitas outras coisas." (A Máquina - O amor é o combustível)

  • "Meu livro preferido desde criança é O Pequeno Príncipe que veio para a Terra de um asteróide distante. Ele encontra um piloto cujo avião caiu num deserto. O pequeno príncipe ensina ao piloto muitas coisas, mas, principalmente, sobre o amor. Meu pai sempre disse que eu era como o pequeno príncipe, mas depois que eu conheci Adam eu percebi que era o piloto o tempo todo. " (Adam)

  • "Não se pode sedar todo mundo com game shows e shoppings, e antidepressivos não vão funcionar para sempre. O povo está cansado da merda do seu sistema." (Edukators)

  • “Esta é você.

Nunca pensou que fosse fazer algo assim. Você nunca se viu como – não sei como descreveria como uma dessas pessoas que gostam de olhar a lua ou que passam horas contemplando as ondas ou o pôr-do-sol. Deve saber de que tipos de pessoas estou falando. Talvez não saiba. Seja como for, você gosta de ficar assim: lutando contra o frio e sentindo a água penetrando na sua camisa e tocando sua pele e da sensação do chão ficando fofo debaixo dos seus pés e do cheiro. Do som da chuva batendo nas folhas e todas as coisas que estão nos livros que você não leu.

Essa é você. Quem teria imaginado?
Você.” (Minha Vida Sem Mim)

  • " Where is this love? I can't see it,I can't touch it. I can't feel it. I can hear it,I can hear some words,but I can't do anything with your easy words." (Closer)

  • "-Os cães obedecem a sua própria natureza. Por que não merecem perdão?
- Podemos ensinar muitas coisas úteis para os cães, mas não se lhe perdoarmos sempre que obedecem a sua natureza.” (Dogville)

  • "Andrew Largeman: Fuck, this hurts so much.
Sam: I know it hurts. But it's life, and it's real. And sometimes it fucking hurts, but it's life, and it's pretty much all we got." (Garden State)

  • "Rob: - Aquela outra garota ou outra mulher, o que seja... Estava pensando... São só fantasias. Entende? E elas sempre parecem geniais, porque nunca há problemas bobos, como comprarmos o mesmo presente de natal, ou ela querer ver um filme que eu já vi. E aí vou pra casa, e você e eu temos problemas reais e você nem quer ver o filme que eu quero. E não há lingerie, e ...

Laura: - Eu tenho lingerie.

Rob: - Sim, tem lingeries maravilhosas, mas também tem calcinhas de algodão que foram lavadas mil vezes, e... E elas também têm, só que não preciso ver, por que não estão na fantasia, entende? Estou cansado de fantasia, porque ela não existe realmente. E nunca há surpresas de fato, porque elas nunca...

Laura: - Satisfazem?

Rob: - Satisfazem. Certo. E estou cansado disso. E estou cansado de tudo o mais a este respeito. Mas pareço nunca me cansar de você. " (Alta Fidelidade)

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"Na pianola uma valsa antiga."

Quero as luzes do carrossel e as tintas desbotadas.

"De tão desbotada que estava a tinta, tinta que antigamente fora azul e vermelha e agora o azul era um branco sujo e o vermelho um quase cor-de-rosa, e de tantos pedaços que faltavam em certos cavalos e em certos bancos, Nhozinho França resolveu não armá-lo numa das praças centrais da cidade e sim em Itapagipe. Ali as famílias não são tão ricas, há muitas ruas só de operários e as crianças pobres saberiam gostar do velho carrossel desbotado"

Tenho andado com muita pressa, "com o relógio no bolso", pior que o senhor Coelho. E não quero descrever depois o que senti ainda há pouco ao ler as primeiras partes do livro Capitães da Areia, de Jorge Amado. E mesmo que eu esteja com as palavras desordenadas, que mais parecem que estão afogadas em uma sopa de letrinhas, desembucharei!

É como se a minha imaginação produzisse uma sede descomunal! Uma vontade de também rodar no carrossel. Embora eu não esteja nas condições miseráveis que o Sem-Pernas se encontra. Pois há um patrão, que insiste em nos afastar... Em segregar nosso passos, em deixar muitos Sem-Pernas nos farrapos. O que leva o personagem a sentir um turbilhão de coisas vem de um construção de momentos de uma vida completamente diferente da minha. O meu sentimento ao ler o capítulo não vem por eu passar uma realidade miserável, pois minha realidade (apesar dos problemas) é a oposta, mas por senti-la bem perto - na esquina de casa, nas portas das igrejas, na frente dos bancos, etc. Por saber que há uma realidade miserável e que muitas pessoas sofrem com ela.

"Depois vai o Sem-Pernas. Vai calado, uma estranha comoção o possui. Vai como um crente para uma missa, um amante para o seio da mulher amada, um suicida para a morte. Vai pálido e coxeia. Monta um cavalo azul que tem estrelas pintadas no lombo de madeira. Os lábios estão apertados, seus ouvidos não ouvem a música da pianola. Só vê as luzes que giram com ele e prende em si a certeza de que está num carrossel, girando num cavalo como todos aqueles meninos que têm pai e mãe, e uma casa e quem os beije e quem os ame. Pensa que é um deles e fecha os olhos para guardar melhor esta certeza. Já Se vê os soldados que o surraram, o homem de colete que ria. Volta Seca os matou na sua corrida. O Sem-Pernas vai teso no seu cavalo. É como se corresse sobre o mar para as estrelas, na mais maravilhosa viagem do mundo."
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Cacoete pra vadio

Demorei, mas cheguei! Tentei de várias formas: cruzes, credo , ane-dotas e tentei também eusouumlixo - e o nome me atraiu, já que ainda não tinha sido usado -, a ideia seria: "Eu sou um lixo escolhendo nome pra blog!", mas aí associei a palavra 'lixo' com a palavra 'nada' e foi por esse 'nada' que lembrei do querido Manoel de Barros: "Sobre o nada eu tenho profundidades.".

Enfim, resolvi reler algumas coisas dele e encontrei "Só as coisas rasteiras me celestam. Eu tenho cacoete pra vadio." e assim dou início ao blog.
 Vou falar das coisas que não são minhas ( e que são ao mesmo tempo). Na verdade, na verdade: não quero ditar regras, falarei do que eu me sentir bem em falar.

Tenho mania de repetição de palavras e, também, de perseguição. Algumas vezes, preguiçosa (mas não é determinante) e quando não faço nada ainda faço alguma coisa, por isso criei o blog. 
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